Título

Fatores associados à dificuldade de acesso aos serviços de saúde infantil em São Luís/MA e Ribeirão Preto/SP: contribuições da coorte BRISA

Autor

RODRIGUES, Marcelo Augusto Ferraz Ruas do Amaral

Ano

2016

Tipo

Dissertação

Acesso

Instituição

Universidade Federal do Maranhão

Categoria

Outros Autores

Resumo

As iniquidades no acesso aos serviços de saúde têm interferido diretamente nos indicadores de morbimortalidade infantil, além de alterar a dinâmica do sistema de saúde. A maior parte dos estudos não analisa detalhadamente a presença desses fatores em regiões socioeconômicas distintas. Ademais, poucos assumem dados de uma coorte. Objetivo: analisar os fatores associados ao não acesso aos serviços de saúde infantil em duas regiões brasileiras que apresentam características sociais, políticas e econômicas distintas: São Luís/MA e Ribeirão Preto/SP. Métodos: estudo de coorte prospectivo. Participaram 3308 crianças em São Luís e 3128 crianças em Ribeirão Preto, de até três anos de idade. Foram estimadas as razões de prevalência (RP) por meio da regressão de Poisson com variância robusta hierarquizada, baseada no modelo teórico de Andersen. Resultados: A taxa de não acesso em São Luís foi de 30,42%, enquanto que a de Ribeirão Preto foi de 8,99%. Em São Luís a análise hierarquizada mostrou que o fato da criança ser do sexo feminino (RP=0,80) e não ser cadastrada na ESF (RP=0,82) foram protetores para a ocorrência do não acesso. A probabilidade de não acesso foi maior em crianças que recebiam algum benefício governamental (RP=1,21), cuja saúde foi referida como regular/ruim (RP=1,47) e filhos de mães com baixa escolaridade (RP=1,68). Em Ribeirão Preto, o não acesso foi mais prevalente em crianças que possuíam de 2 a 3 irmãos (RP=1,48), filhas de mães de cor parda (RP=1,53). Conclusões: as iniquidades em saúde continuam mais prevalentes na região Nordeste. Melhorias na articulação das ações intersetoriais, como as de educação e de renda; além da operacionalização eficiente dos programas governamentais como o Bolsa Família e a Estratégia de Saúde da Família poderão facilitar o acesso das crianças aos serviços de saúde nos municípios estudados.

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